Dinheiro esquecido no banco central, até quarta-feira, 16 de outubro, um último chamado ecoa pelos cantos dos bancos e gavetas de arquivos esquecidos. Há quem não saiba, mas em algum lugar perdido nos meandros do sistema financeiro, relacionados a silêncios bilhões de reais, à espera de seus donos. Pessoas comuns, empresas grandes ou pequenas, todos têm algo a resgatar, um fiapo de passado perdido nas contas encerradas, tarifas cobradas além do devido, sobras que não pediram passagem. São R$ 8,59 bilhões ao todo. Desses, R$ 6,62 bilhões pertencem às mãos de pessoas físicas, enquanto o restante aguarda nas contas das empresas. Mas o tempo se esvai, e quarta-feira é o fim do caminho.
No dia 17, esse dinheiro não reclamado segue outro rumor: o Tesouro Nacional. Irá envolver a caixa do governo, que busca aliviar as contas e sustentar a desoneração de setores da economia e de prefeituras em dificuldade. Um destino público para o que antes era privado.
Não é um confisco, diz a Lei 2.313 de 1954, mas uma transição: o dinheiro sempre poderá ser pedido de volta. No entanto, a paciência do tempo é curta, e aqueles que se esquecem mais uma vez de olhar para o que pertencem talvez deixem passar, para sempre, uma oportunidade que adormeceu por tanto tempo.
Como quem busca na memória os pequenos tesouros perdidos no tempo, sacar os valores esquecidos exige atenção e um pouco de paciência. O caminho começa no portal do Sistema de Valores a Receber, guardião desses montantes que dormem quietos à espera de seus donos. Ao abrir o site, o usuário deverá seguir o chamado do botão “Consulte valores a receber”. Lá, com os dados em mãos, basta um toque no “Consultar” para que os segredos sejam revelados: há algo à espera?
Acesso ao SVR: Uma Jornada Digital com Níveis de Segurança e Ritmos de Retirada
Se a resposta for sim, o próximo passo leva o usuário a um nível um pouco mais elevado de segurança. Acessar o SVR requer uma conta prata ou ouro no Portal Gov.br. Nesse ponto, a burocracia ganha contornos de ritual. O sistema dirá quando o dinheiro poderá ser retirado, e todo o destino do montante: um Pix, na maioria das vezes, rápido e certo, ou, em casos menos simples, um contato com a instituição financeira que guarda o valor.
Mas atenção: os dados dados pelo sistema são como um breve suspiro, uma janela que pode se fechar rapidamente. Se o prazo passar, o caminho não se perder, mas terá de ser refeito. Um novo pedido de agendamento será necessário.
E assim, numa dança entre o presente e o passado, entre o que foi deixado e o que ainda pode ser recuperado, o dinheiro adornado volta às mãos de quem nunca o deixou de todo.
À medida que o relógio se aproxima de quarta-feira, 16 de outubro, um sussurro suave percorre as ruas e escritórios: é hora de resgatar o que pertence a cada um. Os bilhões esquecidos no limbo financeiro estão à espera, como folhas secas levadas pelo vento. Este é um convite a um reencontro, um momento de reflexão sobre o valor que, por desatenção ou descaso, foi deixado para trás.
Dinheiro esquecido no banco central, vai até dia 16 de outubro
A entrega nos sites do Sistema de Valores a Receber, a ansiedade na busca, o ritual da consulta e a expectativa de ver um valor familiar surgindo na tela, tudo isso compõe a crônica do cotidiano de milhões. Aqueles que se recusarem a seguir esse caminho poderão trazer de volta não apenas a quantidade esquecida, mas também a sensação de que o passado e o presente podem, de alguma forma, se reencontrar.
E embora os R$ 8,59 bilhões sejam uma soma específica, cada valor recuperado é uma história que retorna ao seu dono. Lembremos, porém, que isto não é um confisco. O dinheiro pode ser reclamado, como se a vida nos devolvesse uma parte do que se perdeu em meio ao turbilhão do dia a dia.
Portanto, a escolha está nas mãos de cada um. Em meio a essa dança de dígitos e lembranças do Dinheiro esquecido no banco central, vale a pena estender a mão e pegar de volta o que nos pertence. O dinheiro, por si só, é apenas uma fração. O verdadeiro valor está na chance de resgatar um fragmento do que foi deixado para trás, revivendo histórias adormecidas e reacendendo memórias que, por um breve instante, foram esquecidas.
Fonte: www.infomoney.com.br
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