Viagem para Campos do Jordão é de tirar o folego, pois é lugar de frio que abraça e neblina que sussurra segredos para quem sabe ouvir. É cidade de telhados com saudades da Europa e ruas que parecem contar histórias de amor esquecidas no vento. Agosto chega e despeja seu silêncio bonito sobre a serra – um frio de cachecol e chá quente, de mãos que se procuram no fundo do bolso do casaco.
O Morro do Elefante cochila sob um céu de lã. No Horto Florestal, árvores falam baixo para não acordar o tempo. E na Vila Capivari, entre um chocolate derretendo na xícara e um vinho que se espreguiça no copo, turistas deixam pegadas leves, sem pressa de chegar.
Viagem Para Campos Do Jordão, no mês das cerejeiras em flor, é um poema de neve invisível. É um convite para desacelerar os olhos e sentir o inverno nos detalhes: na névoa que dança, no fondue que perfuma, na chuva miúda que borda a paisagem. Quem vem, entende – aqui, até o frio tem coração quente.

Foto: Gustavo Mantovani
Campos do Jordão é cidade onde o frio conversa com a pele e o silêncio passeia de braços dados com o vento. Em agosto, a serra se veste de brumas tímidas, o sol brinca de esconde-esconde com as montanhas, e a cidade respira sem pressa. As manhãs são de cachecol e café fumegante, as noites de vinho que aquece as palavras.
No Morro do Elefante, a cidade cabe inteira num olhar. Lá do alto, Campos parece um desenho de inverno, onde telhados contam histórias e as araucárias cochicham entre si. O teleférico leva devagar quem não tem pressa de chegar, enquanto o tempo se dissolve como açúcar no café.
Quem chega em julho, encontra a cidade embalada pelo Festival Internacional de Inverno. O piano faz acordes dançarem no ar, os violinos arrepiam a alma e cada nota parece um floco de neve derretendo no ouvido. Entre músicos renomados e aprendizes de sonhos, Campos se torna um palco onde a arte e o frio se misturam em harmonia.
E quando agosto floresce, a cidade veste tons de rosa no Festival da Cerejeira. É o inverno se despedindo com poesia, soprando flores para quem sabe ver.










Campos do Jordão não é apenas um destino — é uma sensação que fica na pele, no cheiro da madeira molhada pela garoa, no sabor doce do chocolate que se desfaz na boca. É cidade que sabe abraçar sem braços, que convida o tempo a andar mais devagar. Aqui, cada ruazinha tem um segredo contado pelo vento, cada trilha na serra esconde um silêncio bonito.
No fim da viagem, leva-se na mala um pouco desse frio que aquece. Um gole de vinho ainda mora na lembrança, o som dos violinos do festival ecoa nos ouvidos, e as cerejeiras, mesmo vistas de longe, florescem nos olhos. Quem vai, sempre deixa um pedaço do olhar perdido na paisagem.
E quando a estrada chama de volta para casa, Campos do Jordão continua existindo dentro da gente — num suspiro de saudade, no desejo de voltar. Porque cidade assim, que conversa com a alma, nunca se despede de verdade.
Fonte: cvc.com
Fonte: https://www.digitalnew.com.br/
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