Sport Recife Sport Recife goleia o Moto Club em 19 de fevereiro de 2025, pela Copa do Nordeste, e vencendo por 5 a 0 na Ilha do Retiro.
No futebol, como na vida, há vitórias que ressoam como alívio e outras que cobram mais do que entregam. O Sport, altivo em sua jaqueta rubro-negra, fez o que dele se esperava contra o modesto Moto Club: goleou sem piedade, impôs seu mando e brindou a torcida com um recital de gols. Mas, se há méritos na obediência ao roteiro, há também inquietação no que dele se espera para os próximos atos.
A noite de quarta-feira foi de espetáculo na Ilha do Retiro. Barletta, Atencio, Pablo, Domínguez e C. Alberto desfilaram na súmula, e o Sport Recife goleia , ao modo dos grandes que se impõem diante dos pequenos, exibiu força e domínio. No entanto, como convém aos que almejam voos mais altos, o triunfo, embora celebrado, não dissipa dúvidas que ainda pairam sobre a equipe. Se contra os frágeis o Leão ruge, contra adversários de igual fôlego tem silenciado em momentos cruciais.
Assim, a goleada serviu de bálsamo para a dor do clássico perdido, mas não apaga a necessidade de um exame mais rigoroso. Resta saber se o Sport, além de se impor ante os menores, terá engenho e arte para dobrar os que lhe fazem frente.








Paulo Paiva/@paulopaivafoto – Paulo Paiva/Press Foto Club
Vitórias sem provação, derrotas sem redenção: o Sport Recife goleia mas enfrenta a dúvida
Se a virtude do triunfo reside no adversário que o valida, o Sport, até aqui, tem colhido louros em campos de pouca resistência. Sob a batuta de Pepa, venceu seis partidas nesta temporada, todas contra adversários de modesta envergadura. No Estadual, superou Central, Jaguar e Maguary; no Nordestão, impôs-se diante de Ferroviário-CE, Sousa-PB e, mais recentemente, Moto Club-MA. O retrospecto, à primeira vista, enche os olhos, mas esconde uma inquietante interrogação.
Nos duelos onde a camisa do outro lado pesava, o desfecho foi distinto. Contra Fortaleza, Santa Cruz e Náutico, o Sport não apenas perdeu — fraquejou. Se a derrota pode ser acidente do jogo, a maneira como se deu revela algo mais profundo: um time que, diante de obstáculos reais, vacila entre a expectativa e a execução.
O desconforto com esse contraste não se restringe à arquibancada. Nos corredores da Ilha do Retiro, há inquietação, mas também convicção. Pepa e seus comandados sustentam que o caminho está sendo trilhado com correção. Resta saber se, quando o desafio se apresentar novamente, o Leão rugirá com a grandeza que a história lhe exige ou se, mais uma vez, se renderá ao peso da ocasião.
Sport Recife goleia e da sinais de esperança entre ajustes e promessas
Há, sem dúvida, razões para crer que o Sport, embora ainda incompleto, desenha uma versão mais robusta para o futuro. A vitória sobre o Moto Club, além de servir como lenitivo momentâneo, trouxe lampejos de um time em evolução. A estreia de Rodrigo Atencio como titular, por exemplo, não passou despercebida. Rápido, técnico e insinuante, o argentino exibiu credenciais promissoras, coroando sua atuação com um belo gol.
Outros nomes, como Pablo e Carlos Alberto, também justificam o otimismo. Seus gols na partida refletem uma curva ascendente de desempenho, enquanto as recentes chegadas de Christian Rivera e Sérgio Oliveira ampliam o leque de opções à disposição de Pepa. A equipe, assim, ganha novas peças e possibilidades, um fator essencial diante do calendário extenso e das exigências que se avizinham.
O treinador, por sua vez, segue irredutível na crença no rodízio da equipe. A estratégia, segundo ele, proporciona equilíbrio e mantém todos os atletas engajados no processo de evolução. “Temos uma maratona difícil pela frente”, pontua, ciente dos desafios. Mas, se os primeiros indícios não forem ilusórios, há no horizonte um Sport mais preparado para provar seu verdadeiro valor.
No jogo de palavras e silêncios que compõem o futebol, o Sport ainda não formulou sua sentença definitiva nesta temporada. Se as vitórias contra adversários menores trazem alento, as derrotas diante de rivais mais desafiadores sussurram inquietações que nem a goleada sobre o Moto Club consegue dissipar. A dúvida que paira sobre o Leão não é a de sua força, mas da sua real capacidade de sustentá-la nos momentos em que ela mais se faz necessária.
Há, é verdade, motivos para otimismo. O elenco se fortalece, novos jogadores despontam e Pepa, fiel ao seu método, conduz a equipe com paciência e convicção. No entanto, o futebol, essa arte imprevisível, exige mais do que planos bem traçados. É preciso que a teoria encontre respaldo na prática, que as boas atuações não se limitem a confrontos de menor exigência, mas se afirmem quando o peso do embate for inescapável.
O Sport, portanto, avança, mas ainda precisa provar-se. O tempo, esse juiz implacável, dirá se o Leão está, de fato, pronto para rugir quando o cenário se tornar menos favorável. Até lá, a torcida aguarda — entre esperanças e desconfianças — pela resposta definitiva.
Fonte: https://ge.globo.com/pe/futebol
Fonte: https://www.digitalnew.com.br/
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